Por que os obesos têm maiores riscos de saúde por conta da gordura no fígado?
Antes de responder a essa pergunta, é importante compreender alguns dados: segundo o Ministério da Saúde, cerca de 20% dos brasileiros possuem gordura no fígado, aqueles entre 18 e 24 anos tiveram um aumento de 9% nas últimas décadas.
Não obstante, essas pessoas com gordura no fígado em grande parte já apresentam sobrepeso ou obesidade. A seguir você vai entender melhor sobre o que é a gordura no fígado, o que ela pode provocar e por quais motivos os obesos sofrem tantos riscos com ela.
O que é a gordura no fígado?
A gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, é uma das principais consequências do elevado estoque de gordura no corpo.
Atualmente, o estado de gordura no fígado é tratado como uma das principais causas para o desenvolvimento e/ou agravamento de inúmeras doenças, tais como a cirrose, levando inclusive à necessidade de transplante de fígado.
O acúmulo de gordura no fígado é denominada doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Já sua evolução para doença com inflamação do fígado e quem tem potencial de lesão hepática permanente chama-se esteato-hepatite não alcoólica (NASH).
Em resumo, com o acúmulo de gordura no fígado, essas doenças podem se desenvolver, e a longo prazo, se não tratadas, podem levar ao desenvolvimento de cirrose hepática, mesmo sem influência do consumo de álcool.
Por que obesos têm mais riscos de vida com a gordura no fígado?
A obesidade se refere a uma doença crônica, multifatorial, que influencia diretamente em alterações físicas e no funcionamento do organismo, inclusive gerando impactos pelo acúmulo de gordura corporal.
Sendo assim, a gordura no fígado se torna um potencial risco a esses pacientes. Soma-se a esse fato, que o excesso de gordura abdominal oferece um excesso de lipídios que se acumulam no fígado, prejudicando sua função, podendo levar a cirrose e posteriormente até ao câncer.
Quais os fatores de risco para a gordura no fígado e o desenvolvimento da doença hepática não alcoólica?
Pensando na gordura no fígado, os principais fatores de risco são:
- Obesidade ou pessoas com sobrepeso, principalmente com acúmulo de gordura na cintura, que aumenta as chances de acumular gordura no fígado;
- Índices altos de glicose no sangue, indicando pré-diabetes ou diabetes tipo 2;
- Resistência alta à insulina (muito ligado à obesidade, agravada pela gordura no fígado);
- Níveis sanguíneos elevados de colesterol e triglicérides;
- Síndrome metabólica: combinação dos fatores acima, incluindo obesidade, acúmulo de gordura abdominal e no fígado, além de hipertensão arterial e diabetes.
Quais os riscos de vida que a gordura no fígado representa?
Além disso, como dito anteriormente, o acúmulo de gordura no fígado pode significar o surgimento de outras tantas doenças, e a evolução para problemas cada vez mais graves.
A gordura no fígado provocada pela obesidade ou excesso de gordura no organismo, pode provocar a já citada doença hepática não alcoólica, que pode levar a cirrose hepática e evoluir para um câncer no fígado.
Eventualmente a gordura no fígado pode provocar inflamação nas células hepáticas. Se não tratada, se torna uma inflamação crônica gerando lesões ao órgão.
Com essa contínua progressão da presença da gordura no fígado, ele vai formando cicatrizes no tecido, tornando-o cada vez mais rígido, dificultando o seu pleno funcionamento.
Como diagnosticar a presença de gordura no fígado?
Pacientes diagnosticados com gordura no fígado, geralmente identificam o problema por exame de ultrassonografia e também podem apresentar nos exames de sangue enzimas hepáticas alteradas.
Assim, quem tem gordura no fígado pode apresentar os seguintes resultados em seus exames de sangue:
- Dosagens elevadas de aspartato aminotransferase (AST ou TGO) e Alanina aminotransferase (ALT ou TGP);
- Gama glutamil transferase (Gama GT ou GGT).
Como prevenir a gordura no fígado?
Obter um estilo de vida mais saudável, permite não somente a prevenção de desenvolver gordura no fígado e evitar a inflamação das células hepáticas.
Mudar seus hábitos auxilia na prevenção do surgimento de muitos outros problemas de saúde, inclusive da doença hepática e até de câncer. Veja os benefícios desses cuidados para não sofrer com gordura no fígado:
- Manter um peso saudável: manter um peso saudável é uma das coisas mais importantes que você pode fazer para reduzir o risco de desenvolver gordura no fígado.
- Tenha uma dieta saudável baseada em vegetais: o recomendado é que dois terços do seu prato sejam de legumes, frutas e grãos integrais. O terço restante deverá conter uma proteína magra. Limite a quantidade de alimentos ricos em gordura e açúcar que você come, esses são grandes facilitadores da gordura no fígado.
- Mantenha-se fisicamente ativo: realize pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física vigorosa a cada semana. 30 minutos de caminhadas diárias já te ajudam a prevenir a gordura no fígado.
- Pare de fumar e limite o uso de álcool: cigarro causa alterações graves ao funcionamento do organismo e está relacionado diretamente ao surgimento de diferentes tipos de câncer, aliado ao consumo excessivo de álcool, se tornam grandes causadores de doenças.
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